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HistóriaGlobal

1938: Inventado o perlon

Publicado 29 de janeiro de 2014Última atualização 29 de janeiro de 2021

No dia 29 de janeiro de 1938, o químico alemão Paul Schlack descobriu os fundamentos químicos para o perlon, fio que significou uma revolução na indústria têxtil.

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Foto histórica com homem junto a um extensor testando uma meia de nylon
Testes com meia de nylon em 1945Foto: picture-alliance/akg-images

No dia 29 de janeiro de 1938, o químico alemão Paul Schlack descobriu os fundamentos químicos para o desenvolvimento do perlon, fibra artificial extremamente resistente. Junto com o nylon, fabricado pela Dupont nos Estados Unidos, o perlon significou uma revolução na indústria têxtil.

O invento da fibra sintética resultou de pesquisas de vários anos entre os cientistas. No final, ficaram apenas dois grandes representantes mundiais da indústria química da época: a DuPont, nos Estados Unidos, e a IG Farben, na Alemanha. O objetivo era desenvolver uma fibra tão boa, ou melhor, do que a seda.

Homem de jaleco branco em laboratório
Paul Schlack, inventor do perlonFoto: dpa

O responsável pela descoberta na Alemanha foi o professor Paul Schlack, que pela primeira vez no mundo sintetizou o perlon. Cinco milhões de reichsmark (a moeda alemã da época) foram investidos na pesquisa pela IG Farben, que mais tarde se dissolveu, originando Bayer, Hoechst, Agfa e Basf.

Nylon, o concorrente

Os americanos foram um pouco mais lentos e gastaram 20 vezes mais na pesquisa. Alguns meses mais tarde, apresentaram uma fibra sintética muito parecida com a desenvolvida por Schlack, que chamaram de nylon. Apesar de serem materiais muito parecidos, sua fabricação envolvia métodos completamente diferentes.

Para não se arruinarem mutuamente, os dois fabricantes trocaram as patentes e assim garantiram cada um a metade dos dois mercados. A primeira utilidade do nylon foi a escova de dentes. Mas sensação mesmo foi a meia feita com o novo material. Já em 1940, a mulher americana podia embelezar suas pernas com o novo produto.

As alemãs ainda tiveram que demonstrar paciência. Em vez de pernas eróticas, tiveram de enfrentar a Segunda Guerra. O perlon e o nylon, por seu lado, encontraram grande utilidade na indústria militar, em pára-quedas e pneus. Com a dissolução da fábrica IG-Farben na Alemanha, depois da guerra, a patente de número 748253 caducou, os Estados Unidos colocaram a licença à disposição, e a produção do perlon se espalhou pelo mundo.

A família moderna da década de 50 já não podia viver sem a fibra sintética: era a camisa do pai, a meia da mãe ou o vestidinho da menina. E não demorou para que toda a casa fosse revestida com materiais sintéticos, do carpete à almofada.