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Escândalo de ovos tóxicos se alastra

11 de agosto de 2017

Produto contaminado com inseticida fipronil já é encontrado em 16 países europeus e também na Ásia. Escalada da crise leva União Europeia a convocar cúpula extraordinária.

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Ovos em processamento na Holanda, um dos países afetados pelo escândalo
Ovos em processamento na Holanda, um dos países afetados pelo escândaloFoto: Imago/Belga/K. Van Accom

O escândalo de contaminação de ovos que abala a Europa agora já envolve 16 países no continente e chegou até a Ásia, anunciou a Comissão Europeia nesta sexta-feira (11/08). Os ovos contaminados com fipronil, um inseticida tóxico, foram encontrados em Hong Kong, na Suíça e em 15 países pertencentes ao bloco europeu. 

Usada para combater pulgas, piolhos e carrapatos de animais, a substância é banida da indústria alimentícia da União Europeia.

Granjas foram fechadas em Bélgica, Holanda, Alemanha e França – países em que ovos contaminados com filpronil foram produzidos. Os outros países – Suécia, Reino Unido, Áustria, Irlanda, Itália Luxemburgo, Polônia, Romênia, Eslováquia, Eslovênia e Dinamarca – receberam os ovos por meio de importações.

Hong Kong também recebeu alguns ovos contaminados importados da Holanda, tornando-se o primeiro local na Ásia a ser afetado. A Comissão Europeia não deu mais detalhes.

A escalada da crise a um nível global levou autoridades europeias a propor uma reunião extraordinária em setembro para discutir o tema.

O objetivo seria "tirar as lições relevantes e discutir formas de melhorar a eficácia do sistema da UE para lidar com fraudes alimentares”, disse a porta-voz da Comissão Europeia Mina Andreeva.

A ideia é realizar o encontro apenas em setembro para dar distanciamento do evento e considerar o maior número de fatos possível.

Com a retirada de milhões de ovos e produtos contendo o alimento de supermercados europeus desde que o escândalo veio a público, em 1° de agosto, países envolvidos têm trocado acusações sobre quem seriam os responsáveis.

A Bélgica acusou a Holanda de ter conhecimento das contaminações desde novembro de 2016 e não ter notificado outros países, o que os holandeses negam.

Mas a Bélgica também admitiu que sabia do problema em junho e o manteve em segredo por quase dois meses devido a uma investigação criminal. Investigadores realizaram batidas em diversos locais na quinta-feira e prenderam duas pessoas em uma empresa holandesa.

A Organização Mundial da Saúde afirmou que, quando ingerida em grandes quantidades, a substância pode prejudicar rins, fígado e glândulas tiroides.

No entanto, a maioria dos alemães diz não estar muito preocupada com o tema. De acordo com a pesquisa "Politbarometer”, da emissora alemã ZDF, 61% dos entrevistados não acreditam que sua saúde esteja em perigo.

PJ/afp/ap/dpa