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Angola: Falta de combustível provoca longas filas em Luanda

AFP | tms
23 de dezembro de 2017

Há pelo menos uma semana, os postos de abastecimento da capital angolana têm longas filas de automobilistas à procura de combustível. O mesmo problema acontece em outras províncias angolanas.

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Filas em posto de abastecimento em Luanda, na quinta-feira (21.12)Foto: Getty Images/AFP/A. Rogerio

Angola enfrenta há pelo menos uma semana a escassez de combustível. Em Luanda, as estações de gasolina têm registado longas filas de automobilistas, todos aguardando a chance de abastecer os seus carros, segundo apurou a agência de notícias AFP.

"Não temos mais combustível", disse Henriques Carvalho, assistente de uma estação de serviço no bairro Popular. "Vieram aqui para reabastecer, mas a demanda foi tão grande que vendemos nossos últimos litros esta noite. Estamos à espera do próximo camião de abastecimento".

Nas longas filas, os motoristas têm de ter paciência. "Estou na fila há duas horas", disse Gisela Manuela. A condutora contou que já havia tentado outras estações de combustível, mas "tudo em vão".

O mesmo problema também foi registado esta semana em províncias fora de Luanda, de acordo com residentes contactados pela AFP.

Angola Ölknappheit
Sonangol diz que houve "atraso no processamento do combustível"Foto: Getty Images/AFP/A. Rogerio

Combustível mais caro

A escassez causou o aumento do preço do combustível no mercado negro. Um litro de gasolina super, sem ser aditivada, mais do que triplicou em Luanda – subindo de 160 para 500 kwanzas (0,80 euros para 2,50 euros).

Embora os impactos da escassez sejam aparentes, os motivos não são. Há uma semana, a Sonangol reconheceu "atrasos no processamento de combustível nos portos do país devido a pequenas questões em torno do pagamento de alguns fornecedores".

Entretanto, num comunicado, a petrolífera estatal insistiu que não era "falta de combustível" e que "não havia motivo para se alarmar". A AFP contactou a Sonangol, porém a empresa não quis comentar o problema.