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Rússia indicia suposto autor de ataque a bomba

31 de dezembro de 2017

Suspeito de atentado a supermercado em São Petersburgo é paciente de clínica psiquiátrica. Segundo autoridades, ele disse que realizou ato para protestar contra seus terapeutas.

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Interior de supermercado russo após explosão de bomba
Bomba foi detonada dentro de guarda-volume de supermercadoFoto: Reuters

O suspeito de realizar na quarta-feira um ataque a um supermercado em São Petersburgo admitiu ter planejado o ato e depositado no local a bomba caseira que feriu 18 pessoas, disseram investigadores neste domingo (31/12).

O homem foi preso no sábado pela agência de segurança russa, o Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB, antiga KGB).

"Durante o interrogatório, o suspeito confirmou ter organizado e realizado o crime", informou o Comitê de Investigação russo, em um comunicado. O homem teria dito que o motivo do atentado foi um tipo de protesto contra as terapias a que ele estava sendo submetido. "Ele disse que seu ato foi motivado por ódio aos funcionários e gerentes dos centros psicológicos que ele frequentava", afirmou o texto.

O suspeito também escondeu perto do local do ataque dois pendrives que continham "informações sobre os motivos que o levaram a cometer o crime e uma imagem do dispositivo explosivo". Segundo os investigadores, o homem está inscrito em uma clínica psiquiátrica desde a idade de 19 anos.

Um tribunal de São Petersburgo ordenou no domingo que o suspeito fique detido até 28 de fevereiro, de acordo com a agência de notícias russa Ria Novosti.

Ele foi identificado pela agência de notícias russa Interfax como Dmitry Lukyanenko, de 35 anos, residente de São Petersburgo e membro do movimento nacionalista New Age. O suspeito teria uma vida considerada antissocial e já fora condenado por posse de drogas.

O Comitê de Investigação indiciou o homem por "ato de terrorismo", depois de tê-lo acusado inicialmente de "tentativa de assassinato".

Uma mulher grávida estava entre os feridos na explosão, pelo qual o grupo terrorista "Estado Islâmico” havia reivindicado responsabilidade.

São Petersburgo, a segunda maior cidade da Rússia e cidade natal do presidente Vladimir Putin, foi palco de um atentado a bomba em abril, quando explosões no metrô fizeram 16 mortos e dezenas de feridos. A cidade está programada para sediar jogos durante a Copa do Mundo de futebol do próximo ano, aumentando os temores de ataques semelhantes.

A decisão de Putin em 2015 de iniciar uma intervenção militar no conflito da Síria em apoio ao presidente Bashar al-Assad, tornou a Rússia um alvo prioritário para grupos jihadistas.

MD/afp/dpa

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