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Aumenta o número de casos de conjuntivite em Inhambane

Lusa
2 de abril de 2024

Autoridades apelam à população a se dirigir aos centros de saúde em caso de suspeita e a cumprir isolamento.

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As autoridades exortam as populações a ficarem em casa (Foto de arquivo)
Foto: Luciano da Conceiçao/DW

Um surto de conjuntivite hemorrágica em Moçambique já afetou 1.575 pessoas só na província de Inhambane entre fevereiro e março, segundo avançaram hoje (02.04) as autoridades locais de saúde.

"Atualmente, a província conta com 1.575 casos", revelou Ester Mboa, do departamento de Saúde Pública da direção provincial de Inhambane. "As pessoas fazem-se às ruas, os estudantes vão à escola e acabam contaminando uns aos outros em massa. Queremos reiterar o apelo de ficar em casa, ou seja, o cumprimento do isolamento em caso de se diagnosticar a doença", disse o responsável.

O primeiro caso de conjuntivite hemorrágica em Inhambane foi registado em fevereiro passado, adiantou a mesma fonte em declarações à estatal Televisão de Moçambique (TVM), acrescentando que, atualmente, os distritos mais afetados pelo surto naquela província são Maxixe, Massingue, Inharrime, Jangamo e Inhassouro.

As autoridades de saúde locais pedem à população de Inhambane para se dirigir aos centros de saúde em caso de suspeita de doença. "Lá existem profissionais qualificados que irão dar o tratamento de acordo com a situação de cada um", assegurou Ester Mboa. 

Prejuízo para as empresas

No dia 22 de março último, o presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Agostinho Vuma, alertou, em Maputo, que o surto de conjuntivite que afeta várias regiões do país está a condicionar a produtividade das empresas. 

As pessoas fazem-se às ruas, os estudantes vão à escola e acabam contaminando uns aos outros, alertam as autoridades
As pessoas fazem-se às ruas, os estudantes vão à escola e acabam contaminando uns aos outros, alertam as autoridadesFoto: Bernardo Jequete/DW

"As empresas são parte da sociedade, e como tal, têm responsabilidades, não somente pelo facto de o recurso mais precioso ser o trabalhador, mas também pelas famílias, que são o garante do mercado para os produtos por si produzidos", referiu Vuma.

O presidente da CTA apelou à comunidade a se unir, em jeito de solidariedade, face à conjuntivite hemorrágica que está a afetar a nossa população. "E estejamos atentos às diretrizes emanadas pelas autoridades de saúde para mitigar a propagação deste mal e proteger a saúde de todos", reforçou.

Números aumentaram

De acordo com os dados mais recentes do Ministério da Saúde, aumentaram para aproximadamente 17 mil os moçambicanos infetados pelo adenovírus que causa a conjuntivite hemorrágica, particularmente nas províncias de Nampula e de Sofala.

Em 11 de março, segundo os dados oficiais, pelo menos sete províncias moçambicanas tinham casos de conjuntivite, a maior parte dos quais em Nampula, no norte de Moçambique. Entretanto, só no Hospital Central da Beira, província de Sofala, a maior unidade de saúde do centro do país, registava-se um acumulado de 2.800 casos de conjuntivite até 19 de março.

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