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Coronavírus: Casos confirmados no Brasil chegam a 2.433

26 de março de 2020

Merkel volta a testar negativo. Bundestag aprova pacote de 750 bi de euros. Espanha tem mais mortos que China. EUA aprovam pacote de US$ 2 trilhões contra pandemia. Mais notícias desta quarta-feira sobre a covid-19.

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Cadeiras vazias em Veneza, um dos principais centros turísticos do mundoFoto: picture-alliance/dpa/AP/LaPresse/A. Marinoni
  • Mundo tem mais de 451 mil infecções pelo coronavírus registradas, mais de 20 mil mortes, e quase 113 mil recuperados
  • Brasil tem 2.433 casos e 57 mortes nesta terça, segundo Ministério da Saúde
  • Alcolumbre critica Bolsonaro por minimizar pandemia
  • Estados Unidos aprovam pacote de US$ 2 trilhões para combater pandemia do coronavírus
  • Príncipe Charles testa positivo para o novo coronavírus
  • Espanha ultrapassa China em número de mortes
  • Itália tem quarto dia com recuo no número de novos casos
  • Bundestag aprova pacote anticoronavírus de 750 bilhões de euros

Transmissão encerrada. As atualizações desta quarta-feira (25/03) estão no horário de Brasília:

21:40 – Parte de Santiago é fechada devido a casos de covid-19

O ministro da Saúde do Chile, Jaime Mañalich, anunciou que será estabelecido um cordão sanitário e isolamento domiciliar em sete comunas de Santiago, onde está concentrada a maioria dos casos confirmados do novo coronavírus.

A medida entrará em vigor a partir desta quinta-feira às 22h e terá a duração de sete dias, com possibilidade de prorrogação. Antes disso, o governo nacional já havia decretado toque de recolher e fechamento de fronteiras em todo o território, além de quarentena em algumas áreas.

"A escolha dessas comunas responde ao fato de que elas concentram o maior número de casos. A partir delas, as pessoas que se mudam para outras podem generalizar e expandir a infecção", disse o ministro em pronunciamento.

A medida restritiva do movimento será aplicada nas comunas de Lo Barnechea, Las Condes, Vitacura, Providencia, Santiago, Ñuñoa e Independencia, todas elas localizadas no leste ou no centro da capital chilena.

As localidades envolvidas na decisão governamental respondem por quase todos os casos de coronavírus detectados na região metropolitana e que representam mais da metade dos casos positivos da covid-19 registrados em todo o país. "Chegou o momento de isolar toda uma população em casa, onde se concentra a alta incidência e o maior número de novos casos", afirmou o ministro.

Segundo o balanço do Ministério da Saúde do Chile, a região metropolitana tem 652 casos de coronavírus e duas mortes, enquanto nacionalmente há 1.142 infecções registradas com um total de três vítimas.

21:15– Argentina suspende repatriação de cidadãos que não conseguem voltar ao país

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, anunciou nesta quarta-feira que, por enquanto, está suspenso o retorno de argentinos ou pessoas com residência no país que estão no exterior e tentam voltar em meio à crise global devido ao novo coronavírus.

"Por enquanto, decidimos não admitir mais pessoas, por isso instruí o ministro das Relações Exteriores para ajudar com recursos aqueles que estão no exterior até que possamos resolver esta questão. Então, imediatamente, exceto em casos excepcionais que o justifiquem, eles terão que esperar o momento de voltar", disse Fernández.

Fontes do Ministério das Relações Exteriores disseram à agência de notícias Efe que a estimativa é que pelo menos 10 mil pessoas ficaram de fora da operação de regresso.

Fernández reiterou a necessidade de cumprimento do isolamento preventivo e obrigatório ordenado pelo governo desde a última sexta-feira, situação que, em princípio, será prolongada até 31 de março. "Se nos preservarmos e ficarmos em casa, tudo será mais fácil", enfatizou o chefe de Estado, que pediu que todos entendam que se trata de uma luta contra um inimigo invisível.

21:06 – "Podemos ter vacina para o coronavírus em alguns meses", diz especialista

O bioquímico Friedrich von Bohlen é membro do conselho de supervisão da empresa de biotecnologia CureVac, que está na vanguarda das pesquisas para desenvolver uma vacina contra o novo coronavírus na Alemanha e que o presidente dos EUA, Donald Trump, teria tentado levar para seu país, segundo um relato não confirmado na imprensa alemã e que irritou o governo em Berlim.

Em entrevista à DW, Von Bohlen afirma que um produto para imunização contra a covid-19 pode estar pronto já no segundo semestre de 2020. "Brevemente vamos iniciar os testes clínicos", destaca. O processo total, incluindo a aprovação, pode durar cerca de um ano.

Leia a entrevista completa

20:45 – Velório pela internet

Devido à pandemia de covid-19, as restrições sociais impostas na Áustria limitaram o número dos presentes em funerais. Para que familiares e amigos possam dar o último adeus, funerárias austríacas estão oferecendo a transmissão pela internet das cerimônias. Cemitérios de Viena também passaram a transmitir os enterros.

20:10 – Show internacional em homenagem aos profissionais de saúde

Estrelas da música como Alicia Keys, Billie Eilish, Mariah Carey e Backstreet Boys vão realizar no próximo domingo (29/03) um grande show direto de suas casas em homenagem aos profissionais de saúde que trabalham no atendimento a pacientes da covid-19.

Apresentados por Elton John, os shows, gravados pelos próprios artistas em seus smartphones, serão transmitidos ao vivo pela emissora americana FOX e em suas plataformas digitais.

19:50 – Ministro da Saúde nega intenção de deixar o governo

Um dia após o pronunciamento de Jair Bolsonaro, no qual ele minimizou a covid-19 e pediu a volta à normalidade, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que não tem a intenção de deixar o governo e endossou a posição do presidente.

"Eu vou deixar muito claro: eu saio daqui na hora que acharem que eu não devo trabalhar, que o presidente achar, porque foi ele que me nomeou. Ou se eu estiver doente, o que é possível, eu ter uma doença, ou no momento em que eu achar que esse período todo de turbulência já tenha passado e que eu possa não ser mais útil. Nesse momento de crise agora, eu vou trabalhar ao máximo. Equipe está todinha focada. Nós vamos trabalhar com critério técnico", afirmou o ministro.

 Luiz Henrique Mandetta
"Eu saio daqui na hora que acharem que eu não devo trabalhar", disse MandettaFoto: Adriano Machado/REUTERS

Mandetta criticou a quarentena determinada em alguns estados, que teriam sido "precipitadas" e "desarrumadas", e disse que a atividade econômica deve ser mantida no país. "E eu vejo nesse sentido a grande colaboração da fala do presidente. Chamar a atenção de todos que é preciso pensar na economia".

19:10 – Barracas como necrotério em Nova York

O número de pacientes hospitalizados em Nova York devido à covid-19 está aumentando mais rápido do que o esperado. Para tentar atender a demanda, hospitais temporários em barracas estão sendo construídos. Já um necrotério improvisado foi montando próximo a um hospital em Manhattan.

19:00 – Mourão defende isolamento e distanciamento social

Contrariando o discurso de Jair Bolsonaro, que minimizou a covid-19 e pediu a volta à normalidade, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, defendeu o isolamento para combater a pandemia do novo coronavírus.

"A posição do nosso governo por enquanto é uma só: isolamento e distanciamento social", destacou Mourão, acrescentando que Bolsonaro pode ter "se expressado de uma forma, digamos assim, que não foi a melhor".

O vice disse ainda que o presidente tentou no pronunciamento mostrar "a preocupação que todos nós temos" em relação aos impactos econômicos da pandemia. Mourão afirmou também que Bolsonaro segue a política sugerida pelo ministro da Saúde.

18:15 – Como Bolsonaro contraria consenso científico sobre a covid-19

O posicionamento do presidente Jair Bolsonaro sobre como o país deveria enfrentar a pandemia de covid-19 é equivocado e vai contra as recomendações da comunidade científica, afirmam entidades médicas e especialistas ouvidos pela DW Brasil.

Na noite desta terça-feira (24/03), Bolsonaro fez um pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão no qual conclamou o país a "voltar à normalidade" e pediu que os estabelecimentos comerciais não fechem as portas e que as pessoas saiam do confinamento em suas casas.

Leia a matéria completa

17:35 – Número de casos do novo coronavírus no Brasil chega a 2.433

De acordo com o Ministério da Saúde, o número de casos do novo coronavírus confirmados no Brasil chegou a 2.433, um aumento de mais de 200 infecções em 24 horas. Foram confirmadas ainda 57 mortes em decorrência da covid-19.

A maioria das mortes foi registrada no estado de São Paulo, 48, seguido do Rio de Janeiro com seis. Ocorreram ainda óbitos no Rio Grande do Sul, Pernambuco e Amazonas.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que os números estão dentro do esperado e disse que a letalidade deve diminuir com o aumento dos exames. "Quando fizermos os testes rápidos, esse número de confirmados vai aumentar muito, e o número de mortes sempre vai aumentar muito. A taxa de letalidade vai ser menor do que 2,4%. Isso vai ser mais um elemento para que a população possa entender a dinâmica dessa virose", afirmou.

16:52 – Macron promete "grandes investimentos" no sistema público de saúde

O presidente da França, Emmanuel Macron, prometeu nesta quarta-feira grandes investimentos em hospitais do sistema público de saúde após o fim da pandemia de covid-19.

"Assim que essa crise acabar, um amplo plano de investimento e uma atualização nos planos de carreira serão implementados no sistema hospitalar", afirmou o presidente. Macron anunciou ainda uma operação militar para ajudar à população nos setores de saúde e logística.

O número de mortos em decorrência da covid-19 na França chegou a 1.331. O país tem 25.233 casos confirmados do novo coronavírus.

16:39 – OMS alerta para fim de medidas restritivas cedo demais

A Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um alerta sobre o relaxamento precipitado de medidas restritivas contra o novo coronavírus. O diretor-geral da agência, Tedros Ghebreyesus, reconheceu que, em muitos se países, foram tomaram "medidas sem precedentes com custos econômicos e sociais significativos", o que ao menos dá tempo para conter a expansão da pandemia.

"A última coisa de que qualquer país precisa agora é reabrir escolas e negócios e ser forçado a fechá-los novamente por causa de um ressurgimento do vírus", disse Ghebreyesus, salientando que "medidas agressivas para encontrar, isolar, testar e tratar casos são a maneira melhor e mais rápida" para levantar as restrições.

A OMS recomenda ainda o aumento da força de trabalho em saúde pública e a criação de "um sistema que permita encontrar todos os casos suspeitos", bem como a preparação de instalações capazes de acolher doentes e conter o contágio de forma eficaz.

Ghebreyesus apelou também para o aumento da produção e realização de testes da doença e para a criação de "um plano claro e um processo para colocar em quarentena" pessoas que tenham tido contato com o novo coronavírus.

16:24 – Síria determina toque de recolher para conter pandemia

A Síria determinou um toque de recolher nacional das 18h às 6h para conter a expansão do novo coronavírus no país devastado pela guerra civil que já dura nove anos. O governo sírio já havia ordenado do fechamento de lojas e mercados e proibido a circulação do transporte público. Apenas farmácias e padarias, com entregas de pão, poderiam continuar funcionando.

A Síria fechou também suas fronteiras e suspendeu voos internacionais.

O primeiro caso de covid-19 foi registrado no domingo, desde então, o número subiu para cinco. Médicos e especialistas, no entanto, dizem que as autoridades podem estar escondendo casos e que o número de infecções seria bem maior. O governo nega.

Com um sistema de saúde devastado pela guerra, o país corre o risco de enfrentar um grande surto da covid-19.

16:00 – Estádio em Montevidéu é aberto para abrigar sem-teto de grupo de risco

O Estádio Centenário, em Montevidéu, abriu as portas para abrigar 28 pessoas que não têm onde morar e apresentam problemas de saúde, o que as tornam grupo de risco em meio a pandemia do novo coronavírus.

O grupo é composto por homens que apresentam imunocomprometimento por causa de doenças crônicas como diabetes ou obstrução pulmonar, entre outras. Eles ficarão nos alojamentos do estádio, que contam com cozinha, refeitório, espaço de convivência, de lazer, além de banheiros e quartos individuais.

De acordo com a agência de notícias EFE, o grupo ficará no Centenário enquanto vigorar o estado de emergência no Uruguai, recebendo quatro refeições por dia.

Além disso, o Peñarol também cedeu a sede e ginásio, onde também há alojamentos, para 320 pessoas em situação de rua, priorizadas pela idade e pelas condições de saúde.

De acordo com dados divulgados pelo governo uruguaio, foram registrados até o momento 182 casos de novo coronavírus no país.

15:40 – Covid-19, uma "gripezinha" que pode ser superada sem o confinamento em massa?

Em pronunciamento, o presidente Jair Bolsonaro questionou uma medida adotada mundialmente contra o avanço do coronavírus. Trata-se do chamado isolamento social, que visa impedir a reunião de pessoas para conter a propagação do vírus. Para Bolsonaro, o que ele chama de "confinamento em massa" não seria a saída ideal para o Brasil. Mas, afinal, por que tantos países orientam as pessoas a ficar em casa na tentativa de frear a pandemia?

15:34 – Europol alerta sobre falsificação de medicamentos

O Serviço Europeu de Polícia, ou Europol, afirmou que criminosos estão "inundando" os mercados europeus com medicamentos, máscaras de proteção e equipamentos médicos falsificados.

"A distribuição de produtos falsificados ou de baixa qualidade tem sido um área-chave da atividade criminosa em relação à pandemia de covid-19", disse o porta-voz da Europol, Jan Op Gen Oorth.

No início de março, uma operação que se estendeu por 90 países apreendeu cerca de 4,4 milhões de medicamentos falsos.

15:20 – Mais de 20 mil mortos em todo o mundo

O número total de mortes causadas pelo coronavírus Sars-Cov-2 ultrapassou a marca dos 20 mil nesta quarta-feira, de acordo com os registros da Universidade Johns Hopkins, dos EUA. Em todo o planeta, são mais de 451 mil casos confirmados. Quase 113 mil pessoas se recuperaram.

14:56 – Mais de 400 mil voluntários no Reino Unido

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, afirmou que mais de 400 mil voluntários se ofereceram para ajudar no Serviço Nacional de Saúde (NHS) nas ações para enfrentar a pandemia do novo coronavírus.

Os voluntários ajudaram a distribuir alimentos e medicamentos, além de transportar pacientes para consultas e conversar por telefone com pessoas que estão isoladas.

14:30 – Número de mortes na Itália passa de 7,5 mil

O número de mortes causadas pelo novo coronavírus na Itália subiu para 7.503, mas o aumento registrado nas últimas 24 horas, de 683, mostra uma desaceleração em relação ao dia anterior, quando 743 morreram.

O total de casos de covid-19 chegou a 74.386, 3.491 a mais do que na segunda-feira, e o ritmo de contágio sofreu redução pelo quarto dia consecutivo, de acordo com dados divulgados pela Defesa Civil italiana.

Ao todo, 9.362 pessoas receberam alta desde que a pandemia chegou ao país – quase 1 mil nas últimas 24 horas.

13:44 – Itália é principal origem da epidemia no Brasil

A Itália foi a principal origem dos primeiros viajantes infectados pelo novo coronavírus que chegaram ao Brasil entre fevereiro e o início de março deste ano, quando começou da epidemia de covid-19 no país. As constatações foram feitas por pesquisadores brasileiros, em colaboração com colegas do Reino Unido, Canadá e Estados Unidos.

Estudo publicado por eles no Journal of Travel Medicine indica que 54,8% de todos os casos importados de covid-19 para o Brasil até o dia 5 de março foram de viajantes infectados na Itália, seguidos por passageiros vindos da China (9,3%) e da França (8,3%).

"Ao contrário da China e de outros países, onde o surto de covid-19 começou devagar, no Brasil mais de 300 pessoas começaram a epidemia, em sua maioria vindas da Itália. Isso resultou em mais de cem casos da doença já no começo e em uma disseminação muito rápida do vírus", disse a pesquisadora Ester Sabino, diretora do Instituto de Medicina Tropical (IMT) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e uma das autoras do estudo.

Como o principal destino desses passageiros vindos do país europeu foi São Paulo, a capital paulista acabou registrando os primeiros casos da doença no Brasil. Mas, além da cidade, esses viajantes também seguiram para outras nove capitais brasileiras – Rio de Janeiro, Porto Alegre, Salvador, Curitiba, Belo Horizonte, Fortaleza, Recife, Vitória e Florianópolis –, deflagrando a epidemia no país.

Angela Merkel
Merkel está de quarentena e fará um terceiro teste nos próximos diasFoto: AFP/M. Kappeler

13:12 – Merkel testa negativo pela segunda vez

O segundo teste da chanceler federal Angela Merkel para detectar uma possível contaminação pelo novo coronavírus também deu negativo, comunicou a Chancelaria Federal da Alemanha nesta quarta-feira. Merkel continua de quarentena por ter tido contato com um médico contaminado, na sexta-feira passada, e se submeterá a um terceiro teste no início da semana que vem.

12:30 – Médicos com coronavírus na Itália

Mais de 5 mil profissionais da saúde da Itália estão infectados com o novo coronavírus. Quatro morreram nesta quarta-feira, elevando o total de mortes para 29. O sindicato médico Anaao Assomed pediu ao governo que garanta a proteção do trabalhadores.

12:24 – EUA têm mais de 800 mortos pelo novo coronavírus

O número de mortes causadas pelo coronavírus Sars-Cov-2 nos EUA chegou a 802 nesta quarta-feira, segundo os registros da Universidade Johns Hopkins. Ao menos 192 mortes foram registradas em Nova York, o epicentro da pandemia no país.

Os Estados Unidos já são o terceiro país com maior número de infectados, com mais de 55 mil casos. 

Olaf Scholz no Bundestag
Ministro das Finanças, Olaf Scholz, recebeu amplo apoio no Parlamento alemãoFoto: picture-alliance/AP/M. Sohn

11:35 – Bundestag aprova pacote anticoronavírus de 750 bilhões de euros

O Bundestag (Parlamento da Alemanha) aprovou nesta quarta-feira um fundo de resgate de 600 bilhões de euros para grandes empresas e um orçamento suplementar emergencial de 156 bilhões de euros em novas dívidas.

O pacote aprovado devido à crise do novo coronavírus é o maior desde a Segunda Guerra Mundial.

"É uma soma gigantesca", reconheceu o ministro alemão das Finanças, Olaf Scholz, perante os parlamentares. Mesmo assim, ele pôde contar até mesmo com os votos da oposição para a aprovação. A AfD foi o único partido que se absteve de votar.

O projeto segue agora para votação no Bundesrat, conselho que representa os estados da federação, marcada para esta sexta-feira. A aprovação significará que a Alemanha deixa de lado a regra seguida desde 2014, ainda no governo anterior da chanceler federal Angela Merkel, de não contrair novas dívidas.

O valor do orçamento emergencial inclui 122,8 bilhões de euros de ajuda para empresas e serviços de saúde e leva em conta uma queda estimada de 33,5 bilhões de euros em impostos.

Scholz disse que o pacote de ajuda tem três objetivos: garantir os serviços de saúde, garantir a subsistência das famílias, e estabilizar a economia e assegurar postos de trabalho.

O governo quer repassar 3 bilhões de euros para os hospitais e dobrar o número de leitos nas UTIs, hoje em 28 mil em todo o país. Também estão previstas uma série de medidas para aliviar os custos das empresas, de pequenas a grandes.

11:06 – Número de novos casos na Itália recua de novo

Nesta terça-feira, pelo terceiro dia consecutivo, o número de novos contágios recuou na Itália na comparação com o dia anterior. Foram 3.612 novos casos na terça, ante 3.780 na segunda-feira.

A Organização Mundial da Saúde disse nesta quarta-feira que a Itália poderia alcançar o pico da curva de transmissões esta semana. 

"A queda na velocidade de crescimento de contágios é um fator muito positivo, em algumas regiões creio que estamos perto do ponto de queda da curva, por isso o pico poderia ser alcançado esta semana e logo cair", declarou Ranieri Guerra, assistente do diretor-geral da OMS, em entrevista à emissora italiana Radio Capital.

Além disso, ele disse que esta semana e os primeiros dias da próxima serão cruciais para comprovar se as medidas de isolamento impostas pelo governo italiano estão dando resultados.

O número diário de mortos, porém, voltou a subir e foi de 743 nesta terça, frustrando expectativas de que os recuos no domingo e na segunda fossem o início de uma tendência.

10:42 – Putin adia referendo que decidirá sobre sua reeleição

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou que o referendo constitucional que, entre outras coisas, decidirá se ele poderá concorrer a mais dois mandatos de presidente será adiado por causa da epidemia do novo coronavírus. O referendo estava marcado para 22 de abril. Putin não marcou uma nova data e disse que ela dependerá da evolução da epidemia. A Rússia tem 658 casos confirmados do novo coronavírus, mas autoridades admitem que o número real deve ser bem maior.

10:32 – Alerta de riscos também para jovens

O presidente do Instituto Robert Koch, Lothar Wieler, alertou contra o comportamento despreocupado de muitos jovens e disse que eles também podem ficar gravemente doentes de covid-19. "Jovens também podem morrer disso", afirmou. 

Em redes sociais, muitos jovens alemães expressam despreocupação por causa da idade e marcam encontros nas chamadas corona-partys, literalmente "festas do corona".

09:43 – Bolsonaro defende isolamento parcial

O presidente Jair Bolsonaro defendeu nesta quarta-feira o isolamento parcial de pessoas em meio à pandemia do coronavírus. Em entrevista diante do Palácio da Alvorada, ele disse que apenas pacientes que fazem parte de grupos de risco, como idosos, devem ficar em isolamento domiciliar.

"Vou conversar com ele [o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta] e tomar a decisão. Cara, você tem que isolar quem você pode. Você quer que eu faça o quê? Eu tenho o poder de pegar cada idoso e levar para um lugar? É a família dele que tem que cuidar dele no primeiro lugar", disse o presidente.

Bolsonaro é alvo de panelaço durante pronunciamento

Bolsonaro ainda criticou as medidas restritivas adotadas por governadores para diminuir a circulação de pessoas no país, adotando tom similar ao de seu pronunciamento nacional da véspera. Segundo o presidente, as medidas estaduais prejudicam a economia e podem criar instabilidade democrática porque geram uma atmosfera de caos no país.

Na terça, em seu terceiro pronunciamento sobre o coronavírus em menos de 20 dias, Bolsonaro atacou a imprensa e acusou meios de comunicação de espalharem "histeria" no país, além de criticar as medidas já aplicadas por governadores para conter o avanço da pandemia.

O presidente voltou a chamar a covid-19 de "gripezinha" e afirmou que idosos são o grupo de risco, alegando que mortes entre menores de 40 anos são raras e que 90% da população não apresentará sintomas da doença se for infectada.

09:30 – Governadores falam em demissão de Mandetta e impeachment de Bolsonaro

Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, governadores criticaram o pronunciamento desta terça em que o presidente Jair Bolsonaro voltou a minimizar a pandemia de coronavírus e também afirmaram que a legitimidade do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta,  no governo está perdida.

"Os governadores precisam se reunir, estamos sem coordenação. O ministro e os governadores de um lado e o presidente menosprezando a pandemia de outro", disse o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), citado pela Folha.

Flávio Dino (PC do B), governador do Maranhão, afirma que Bolsonaro "deflagrou o seu próprio processo de impeachment". "Está completamente fora da realidade", disse.

Governadores como o do Ceará, Camilo Santana (PT), e do Piauí, Wellington Dias (PT), defenderam as medidas de isolamento social que vem sendo adotadas. 

09:00 – Porto Alegre confirma primeira morte por coronavírus na Região Sul

A prefeitura de Porto Alegre confirmou na madrugada desta quarta-feira a morte de uma mulher de 91 anos em decorrência de infecção pelo novo coronavírus, segundo noticiou o portal G1. A vítima estava internada na UTI do Hospital Moinhos de Vento.

Trata-se da primeira morte por covid-19 na Região Sul do Brasil. Segundo dados do Ministério da Saúde, até esta terça-feira o país havia contabilizado 46 mortes, 40 no estado de São Paulo e seis no Rio de Janeiro. Ao todo, foram confirmada 2.201 infecções.

08:00 – Diretor de imunização no Ministério da Saúde se afasta do cargo

O diretor do departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Júlio Croda, afastou-se do cargo depois de divergências internas com a equipe, segundo o jornal O Globo. Croda está de férias até o início de abril, mas deverá deixar o cargo por causa de divergências internas com seu superior, o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira.

Oficialmente, Croda está de férias, mas a ausência não está registrada no Diário Oficial. Ele faz parte da equipe da linha de frente no combate à pandemia do coronavírus no Brasil.

Segundo o jornal, o afastamento do dirigente chama atenção porque aconteceu no momento em que a Secretaria de Vigilância em Saúde concentra os esforços no combate ao coronavírus. Oliveira disse que se trata da maior pandemia do século.

A condução da crise do coronavírus por parte do Ministério da Saúde incomodou o presidente Jair Bolsonaro. Nos últimos dias, o ministro Luiz Henrique Mandetta vem tentando alinhar o discurso ao do presidente. Após pressão, a pasta também recuou de alguns anúncios, como a proibição imediata de cruzeiros turísticos. Nesta terça-feira, Bolsonaro fez um terceiro pronunciamento sobre o coronavírus, no qual voltou a minimizar a pandemia.

07:50 – Príncipe Charles testa positivo para o novo coronavírus

Uma porta-voz da família real britânica divulgou um comunicado nesta quarta-feira dizendo que o príncipe Charles, de 71 anos, obteve resultado positivo de infecção pelo coronavírus Sars-Cov-2. O príncipe é o principal herdeiro do trono britânico.

A Clarence House, residência oficial de Charles, diz que ele tem sintomas leves da doença covid-19, causada pelo vírus. Ele está isolado numa propriedade da família real na Escócia, segundo comunicado.

A família real também informou que a esposa de Charles, Camilla, não contraiu o vírus e que seu teste foi negativo.

A rainha Elizabeth 2ª esteve com o príncipe Charles pela última vez em 12 de março, antes de quando ele pode ter contraído o vírus. A monarca, de 93 anos, está isolada em sua residência em Windsor, com seu cônjuge, o príncipe Philipp, de 98 anos.

Charles se reuniu numa mesa redonda com o príncipe Albert 2º de Mônaco no dia 10 de março. Albert também testou positivo para o coronavírus, embora se acredite que eles não tenham se dado as mãos.

Príncipe Charles
Príncipe Charles, de 71 anos, obteve resultado positivo de infecção pelo coronavírus Sars-Cov-2Foto: picture-alliance/dpa/PA-Wire/C. Jackson

07:41 – Espanha ultrapassa China em número de mortes

A Espanha ultrapassou a China no número de mortes decorrentes do coronavírus, segundo anúncio do governo nesta quarta-feira. Houve 3.434 mortes no país, que passou para o segundo lugar no número de fatalidades, atrás da Itália (mais de 6,8 mil mortes). A China registrou 3.285 mortes.

A Espanha possui mais de 33 mil casos confirmados de infecção pelo Sars-Cov-2 e está em quarto lugar segundo esse critério na lista da Organização Mundial da Saúde (OMS). Números da Universidade Johns Hopkins mostram a Espanha com mais de 42 mil casos confirmados.

04:34 – Vietnã deixa de exportar arroz 

Para garantir o alimento da própria população, o Vietnã anunciou que decidiu parar de exportar arroz. O governo justificou a decisão com uma grave seca que assola o sul do país. O primeiro-ministro Nguyen Xuan Phuc também ordenou a compra de estoques extras de arroz. Depois da Índia e da Tailândia, o Vietnã é o terceiro maior exportador mundial do grão. 

04:20 – Governo e Congresso fecham pacote de estímulo de US$ 2 trilhões nos EUA

Os Estados Unidos anunciaram na madrugada desta quarta-feira (25/03, horário local) um acordo federal de US$ 2 trilhões para aliviar as consequências da pandemia do coronavírus Sars-Cov-2 sobre a economia do país. O pacote de estímulo deverá auxiliar trabalhadores, empresas e o sistema de saúde. 

O acordo se segue a dias de negociação e ainda precisa ser detalhado na linguagem legislativa. O pacote prevê remuneração direta à maioria dos americanos, ampliação de benefícios de seguro-desemprego, dinheiro para estados e um programa de US$ 367 bilhões para pequenas empresas poderem remunerar funcionários que precisam ficar em casa para conter o contágio do coronavírus no país. 

Operador mostrado de costas fala ao telefone enquanto trabalha na Bolsa de Valores de Nova York; ao fundo, monitores com cursos de ações, por cima dos quais há bandeirinhas dos Estados Unidos.
Pacote de estímulo à economia poderá ser o maior da história americana, dizem jornaisFoto: picture-alliance/dpa/M. Nagle

A maratona de negociações aconteceu entre senadores republicanos e democratas e a equipe do presidente Donald Trump. O pacote quase não saiu porque legisladores democratas insistiram numa proteção mais ampla de trabalhadores e apontaram que um novo fundo de US$ 500 bilhões para auxiliar empresas em dificuldades devido à crise havia sido ignorado. Os democratas chegaram a barrar o acordo duas vezes, pedindo mais concessões.

Senado e Casa dos Representantes ainda precisam aprovar a legislação antes de enviá-la à sanção pelo presidente Donald Trump. De acordo com o diário The New York Times, o acordo deverá entrar em vigor em alguns dias. 

Leia a notícia completa

03:26 – Natura deverá produzir álcool em gel e líquido em vez de maquiagem e perfumes

A empresa brasileira de cosméticos Natura anunciou que vai suspender temporariamente a produção de produtos de maquiagem e perfumaria em fábricas da América Latina. Em vez disso, gradualmente, as unidades fabricarão produtos de higiene pessoal, álcool em gel e líquido. Esse último será produzido excepcionalmente e não faz parte dos produtos do catálogo da empresa, relatou o diário Folha de S. Paulo

A Natura também não deverá realizar programas de demissões pelos próximos dois meses por causa da crise do coronavírus. Funcionários de fábrica e laboratório entrarão num esquema de rodízio e de quadro reduzido.

Outras empresas brasileiras também estão fazendo doações em meio à crise. Natura e Avon doaram 2,8 milhões de sabonete (em barra e líquido) para comunidades carentes na América Latina. A Ambev, empresa de bebidas, produzirá álcool gel para hospitais públicos nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. O álcool deverá ser retirado do processo produtivo das cervejas como a Brahma.

01:00 – Canal de mensagens da OMS no WhatsApp sobre coronavírus

A Organização Mundial da Saúde lançou um canal de mensagens no WhatsApp com o nome Alerta da Saúde para informar sobre dados atualizados do coronavírus Sars-Cov-2 e tirar dúvidas sobre o patógeno. O alerta funciona 24 horas. 

Para acessar o serviço, basta clicar no link disponível na página da OMS e mandar a mensagem "Hi", em inglês, para o número que aparece em seguida. O serviço funciona em inglês, mas deve ser expandido para outros idiomas nas próximas semanas. 

Segundo comunicado no site da OMS, "o serviço de mensagens tem o potencial de alcançar 2 bilhões de pessoas e dá à OMS a possibilidade de enviar informação diretamente às pessoas que precisam delas". 

"De líderes governamentais a funcionários do setor da saúde, passando por famílias e amigos, o serviço enviará as últimas notícias e informações sobre o coronavírus, incluindo detalhes de sintomas, e como as pessoas podem proteger a si mesmas e aos outros. Também fornece os últimos relatórios e dados em tempo real para ajudar tomadores de decisão dos governo a proteger a saúde da população", diz o comunicado. 

00:00 – "Neste momento grave, o país precisa de uma liderança séria", diz Alcolumbre

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), e o vice-presidente da Casa, Antonio Anastasia (PSD), divulgaram na noite desta terça-feira (24/03) uma nota em reação ao pronunciamento em que o presidente Jair Bolsonaro voltou a minimizar a pandemia de covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus. 

"Neste momento grave, o país precisa de uma liderança séria, responsável e comprometida com a vida e a saúde da sua população. Consideramos grave a posição externada pelo presidente da República hoje, em cadeia nacional, de ataque às medidas de contenção", diz a nota assinada por Alcolumbre a Anastasia.

Segundo o presidente o vice do Senado, a posição de Bolsonaro está "na contramão das ações adotadas em outros países e sugeridas pela própria Organização Mundial da Saúde (OMS)" e "não é momento de ataque à imprensa e a outros gestores públicos".

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Davi Alcolumbre
Alcolumbre: "Consideramos grave a posição externada pelo presidente da República"Foto: Getty Images/AFP/S. Lima

00:00 – Resumo dos principais acontecimentos desta terça-feira:

  • Bolsonaro minimiza novo coronavírus em pronunciamento
  • EUA podem ser novo epicentro da pandemia de coronavírus, diz OMS
  • Província de Hubei afrouxa quarentena de coronavírus
  • Alemanha tem mais de 4,7 mil novos casos de coronavírus num único dia
  • Comércio do Rio de Janeiro fechado por tempo indeterminado
  • Índia impõe confinamento obrigatório em todo o território
  • Aneel suspende cortes de energia por falta de pagamento
  • Prefeito de Moscou admite que situação é pior do que os dados oficiais apontam

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