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China diz que detectou coronavírus em frango brasileiro

13 de agosto de 2020

Carga de asas de frango que chegou a Shenzhen, no sul do país asiático, foi confiscada. Funcionários da alfândega que entraram em contato com alimentos foram testados, mas exames deram negativo.

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Porto de Shenzhen
Porto de Shenzhen. A China é o principal destino das exportações brasileirasFoto: Reuters

Traços do novo coronavírus foram encontrados em asas de frango importadas do Brasil, em Shenzhen, no sul da China, afirmou o governo da cidade nesta quinta-feira (13/08).

Os traços foram detectados na superfície de uma amostra da carga, após a realização de testes de ácido nucleico, segundo informações do jornal chinês em língua inglesa Global Times, que cita dados do Centro de Prevenção e Controle de Doenças de Shenzhen, cidade próxima de Hong Kong.

Os funcionários alfandegários que entraram em contato com as asas de frango oriundas do Brasil foram submetido a testes, que deram negativo, acrescentou o jornal.

 Os lotes do produto contaminado que tinham sido já comercializados foram localizados e confiscados pelas autoridades.

Na quarta-feira, as autoridades chinesas já haviam afirmado que encontraram traços do novo coronavírus na superfície de outros produtos importados congelados, incluindo camarões oriundos do Equador, na província de Anhui, no leste da China.

A Comissão de Saúde de Shenzhen recomendou aos consumidores que sejam cautelosos, ao comprarem carnes e frutos do mar importados, e tomem "precauções, para reduzirem o risco de infecção". 

Em 10 de julho, Pequim suspendeu as importações de camarão branco congelado de três empresas do Equador, depois de detectar vestígios do vírus nas embalagens.

 A China é o principal destino das exportações brasileiras, representando mais de 27% das vendas do Brasil ao exterior.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) disse a situação não é alarmante. "Não devemos criar a impressão de que há problema com nossa cadeia alimentar. As pessoas já estão assustadas o suficiente. É importante que rastreemos esses achados, mas é importante que as pessoas sigam suas vidas", disse o diretor de emergências da agência, Michael Ryan.

O especialistas acrescentou ainda não haver evidências da transmissão do vírus por meio da cadeia alimentar.

A líder técnica da OMS, Maria van Kerkhove, destacou que a China testou centenas de milhares embalagens e que o vírus foi encontrado em menos de dez delas. "Sabemos que o vírus pode ficar nas superfícies por um tempo, mas ele é inativado se lavamos a mão depois de tocarmos a superfície contaminada", disse.

JPS/CN/rtr/afp/lusa

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