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O Brasil na imprensa alemã (07/07)

7 de julho de 2021

"A máfia do governo": mídia alemã dá espaço à crescente pressão sobre Bolsonaro, cada vez mais criticado pela gestão da pandemia e alvo agora de escândalos de corrupção.

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Protesto contra Bolsonaro na cidade de Freiburg, na Alemanha
Protesto contra Bolsonaro na cidade de Freiburg, na AlemanhaFoto: Coletivo Brasil-Alemanha pela Democracia

Spiegel Online: A máfia do governo (03/07)

Quando Jair Bolsonaro, que havia passado quase três décadas como um deputado discreto no Congresso, concorreu à presidência em 2018, ele se apresentou como um outsider que queria romper com os costumes da "velha política". Bolsonaro dizia querer limpar a corrupção de Brasília, onde partidos e políticos tradicionalmente trocam seu apoio por cargos lucrativos. Hoje, três anos depois, pouco restou dessa intenção.

No Brasil, uma Comissão Parlamentar de Inquérito está investigando alegações de corrupção na aquisição de vacinas contra a covid-19. Várias testemunhas implicaram fortemente o presidente. Será que Bolsonaro escondeu algo?

O que parece estar ganhando impulso hoje em dia é a imagem de uma máfia governamental se alastrando pelas instituições do Estado brasileiro. E, pela primeira vez, as acusações são dirigidas diretamente ao palácio presidencial.

A cada sessão, a cada detalhe que trazem à luz, os senadores da CPI aumentam a pressão sobre Bolsonaro. E assim, ao final, podem não ser o meio milhão de vítimas da covid-19 a lhe causar dor de cabeça, mas o negócio criminoso em plena pandemia.

Tageschau: Protestos contra a gestão da pandemia (04/07)

Em protesto contra a gestão da pandemia, dezenas de milhares de pessoas saíram mais uma vez às ruas no Brasil. Sua raiva foi dirigida sobretudo contra o chefe de Estado Jair Bolsonaro, a quem os manifestantes acusam de falhar no combate à covid-19.

"Bolsonaro genocida" e "Sim à vacinação" podiam ser lidos em cartazes na metrópole São Paulo. Milhares de pessoas em mais de 40 outras cidades, incluindo a capital Brasília, bem como Belém, Recife e Porto Alegre, também seguiram a convocação da oposição, como pode ser visto em fotos divulgadas pela mídia brasileira. Em muitos lugares, foi exigido impeachment do presidente.

Estes foram os terceiros protestos em massa contra Bolsonaro desde o final de maio. Ele é acusado de agravar severamente a pandemia ao minimizar repetidamente os perigos do vírus e ao questionar os benefícios da vacinação. Mais recentemente, uma Comissão Parlamentar de Inquérito descobriu que, em meados de 2020, Bolsonaro ignorou várias ofertas da Biontech/Pfizer para milhões de doses da vacina.

As críticas ao presidente receberam um novo impulso com a investigação preliminar lançada na sexta-feira sobre seu papel em um suposto caso de corrupção. De acordo com a queixa apresentada por três senadores, Bolsonaro supostamente sabia de um "gigantesco sistema de corrupção" no Ministério da Saúde, mas não fez nada a respeito.

Der Tagesspiegel: 500 mil mortos e um escândalo de corrupção (06/07)

O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, está sob crescente pressão por causa de sua clara má gestão da pandemia e devido a alegações de corrupção. No fim de semana, dezenas de milhares de pessoas foram às ruas em todas as grandes cidades do país para exigir seu impeachment.

Foi o terceiro protesto em massa contra Bolsonaro desde o final de maio. Muitos dos manifestantes de esquerda agitaram a bandeira brasileira, o que é mais comumente visto em comícios de apoiadores do presidente.

O catalisador imediato dos protestos, que originalmente haviam sido programados para o final de julho, são alegações de corrupção relacionadas à aquisição de vacinas contra a covid-19. Uma comissão do Senado já está investigando a má conduta do governo durante a pandemia há várias semanas. O Brasil registrou mais de 520 mil mortes e tem a sétima maior taxa de mortalidade por covid-19 do mundo. Muitos brasileiros culpam Bolsonaro, que até hoje menospreza o vírus e instiga os cidadãos a desconsiderem as regras de proteção contra a doença.