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Agência alemã faz apelo por redução de contatos no Natal

22 de dezembro de 2020

Presidente do Instituto Robert Koch pede que alemães não viajem nos feriados e encontrem o mínimo de pessoas possível. Incidência de infecções é recorde na Alemanha, e deve levar semanas para que número de casos diminua.

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Portão de Brandemburgo e árvore de Natal
Berlim vazia. Alemanha tem maior incidência de infecções pelo coronavírus em sete dias desde o início da pandemiaFoto: Andreas Gora/picture alliance

Diante dos elevados números de infecções pelo novo coronavírus na Alemanha, o Instituto Robert Koch (RKI), responsável pelo controle e prevenção de doenças no país, pediu que as pessoas reduzam ao mínimo absoluto os contatos durante o Natal. O presidente do RKI, Lothar Wieler, afirmou nesta terça-feira (22/12) que a situação continua se deteriorando e fem apelo para que se evitem viagens nos feriados.

Segundo o chefe da agência governamental, todos os cidadãos devem passar a época festiva apenas num pequeno grupo, limitar os encontros aos mesmos participantes e, se possível, ao ar livre. "Peço que passem os dias do fim de ano com o menor círculo familiar possível. Por favor, reduzam seus contatos ao mínimo necessário. Não viajem!", disse Wieler, em entrevista coletiva.

Segundo o presidente do RKI, o novo coronavírus está presente em todas as faixas etárias da população e em todo o território alemão.

Presidente do Instituto Robert Koch, Lothar Wieler
"Por favor, limitem seus contatos ao mínimo. Não viajem!", pediu o presidente do Instituto Robert Koch, Lothar WielerFoto: picture-alliance/dpa/AFP/T. Schwarz

"Tememos que as infecções possam se intensificar ainda mais durante o feriado", afirmou Wieler. "No momento, a situação está piorando. Todos os dias morrem centenas de pessoas por covid-19 na Alemanha. Devemos, portanto, reduzir o número de novas infecções. Porque o vírus vive de contatos, e somente através deles pode se espalhar."

Segundo ele, provavelmente ainda levará várias semanas para que o número de casos diminua. Ele projeta semanas difíceis pela frente. "Não deveríamos torná-las ainda mais difíceis", disse.

Wieler ressaltou que ainda existem muitos surtos em lares de idosos. "Os profissionais de enfermagem estão no limite", afirmou o presidente do RKI.

Nova variante e vacina

Ao citar a nova variante mais contagiosa do coronavírus que foi identificada no Reino Unido, o chefe do RKI disse que "a probabilidade é muito, muito alta" de que esta cepa já esteja transitando em território alemão. Mas Wieler afirmou que sua importância para o ritmo de contágios ainda não pode ser avaliada de forma definitiva.

O presidente do RKI saudou a primeira aprovação de uma vacina contra a covid-19 pela União Europeia. No entanto, ele indicou que a vacinação – que deve começar em 27 de dezembro – não deve implicar uma mudança nas regras de distanciamento e higiene nos próximos meses. Isso porque levará algum tempo até que uma parcela significativa da população esteja imunizada.

Incidência recorde

As autoridades de saúde da Alemanha relataram nesta terça-feira 19.528 novos casos e 731 mortes relacionadas à covid-19 em 24 horas. Na terça-feira da semana anterior, o RKI havia contabilizado 14.432 novas infecções e 500 mortes – porém, sem dados da Saxônia, que foram reportados com atraso.

A incidência de infecções num período de sete dias está atualmente em 197,6 contágios por grupo de 100 mil habitantes na Alemanha. Trata-se do nível mais alto já atingido no país desde o início da pandemia.

O estado da Saxônia é de longe o mais afetado, com uma taxa de incidência de 426,8 casos de infecção por grupo de 100 mil habitantes nos últimos sete dias – mais que o dobro da média nacional. A seguir, vem a Turíngia, com 299,4, e a Baviera, com 215,9. A taxa mais baixa está sendo registrada em Schleswig-Holstein, com 93,6 infecções por 100 mil habitantes em sete dias.

PV/rtr/dpa/ots