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Para europeus, emprego e clima são prioridade

27 de novembro de 2019

Pesquisa aponta quais temas deveriam, segundo os cidadãos, ser tratados como prioritários pelas autoridades da União Europeia. Maioria apoia aprofundamento do projeto de integração comunitária.

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"Fridays for Future": protestos de jovens por uma política climática mais ambiciosa
"Fridays for Future": protestos de jovens em Hamburgo por uma política climática mais ambiciosaFoto: picture-alliance/dpa/G. Wendt

Os temas proteção climática e emprego são considerados, de longe, prioridade pelos cidadãos europeus, quando indagados sobre o que esperar das autoridades do bloco, segundo um estudo divulgado nesta quarta-feira (27/11) por um instituto alemão.

A pesquisa da Fundação Bertelsmann perguntou a mais de 12 mil europeus que tema deveria ser prioridade para a próxima presidência da Comissão Europeia (órgão executivo do bloco), a tomar posse no próximo dia 1º de dezembro.

Um total de 40% dos entrevistados colocou a questão climática como prioridade. Em segundo lugar apareceu o tema emprego (34%), seguido por seguridade social (23%). Cidadãos do Reino Unido não foram levados em conta no estudo.

A preocupação com a questão climática é especialmente alta na Alemanha: 49% dos alemães acreditam que o tema deveria ser prioridade europeia.

Já o tema emprego ficou em primeiro lugar em países como França, Polônia, Espanha e Itália – neste último, terceira maior economia do bloco, a cifra chega a 60%.

Quando indagados sobre qual seria sua maior preocupação pessoal neste momento, 51% dos entrevistados apontaram o "crescente custo de vida". Na França, que vive desde o ano passado os protestos dos "coletes amarelos", o tema foi apontado como prioridade por 61% dos cidadãos.

"A proteção climática é importante para os europeus, mas, na mesma medida, eles se preocupam também como o crescente aumento no custo de vida", explica a coordenador do estudo, Isabell Hoffmann.

Um aprofundamento do projeto de união europeia foi apoiado por 54% dos entrevistados. Na Alemanha, 60% se manifestaram nesse sentido. Na Itália, 70% defenderam uma "maior integração política e econômica". Um contraste em relação, por exemplo, a França (41%) e Holanda (39%).

Segundo a pesquisa, nove em cada dez entrevistados disseram que, no futuro, a União Europeia vai de uma forma ou de outra continuar existindo. Mais de um terço dos europeus, no entanto, afirmaram esperar que mais membros decidam abandonar o bloco, como fez o Reino Unido.

Espera-se que a alemã Ursula Von der Leyen, correligionária da chanceler federal Angela Merkel, defensora ferrenha do projeto de integração europeia, tome posse como presidente da Comissão Europeia no próximo domingo.

RPR/dpa

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