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Polícia alemã desbarata redes neonazistas

6 de abril de 2022

Quase 800 policiais participam de batidas em 61 imóveis relacionados a 50 suspeitos em 11 estados. Quatro pessoas foram presas.

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Dois policiais encapuzados
Policiais revistaram imóveis em 11 estados alemãesFoto: Tino Plunert/dpa/picture alliance

Centenas de policiais participaram nesta quarta-feira (06/04) de uma série de operações na Alemanha contra uma suposta rede terrorista neonazista. Quase 800 agentes estiveram envolvidos nas ações.

Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em imóveis relacionados a 50 suspeitos em 11 estados alemães. Quatro cidadãos alemães foram detidos.

Segundo informações do site da revista Der Spiegel, foram revistados 61 imóveis. A publicação afirma que entre os suspeitos estaria um membro das forças armadas alemãs.

Parte dos alvos é acusada de participação em organização terrorista e de formação de associação neonazista.

A ação dos investigadores visou também supostos membros de um grupo chamado Atomwaffen Division (Divisão de Armas Atômicas), também conhecido pela sigla AWD. A rede neonazista foi fundada em 2015 nos Estados Unidos.

Desde 2018 a rede também estaria agindo na Alemanha, onde estaria envolvida em planos para atentados terroristas, segundo as autoridades alemãs. Membros do grupo americano teriam estado envolvidos em pelo menos cinco assassinatos nos EUA.

Os investigadores consideram que um dos homens detidos hoje, que foi identificado como Leo R., é o líder da organização de extrema-direita Knockout 51, apontada como grupo criminoso que atua na zona de Eisenach.  

Os membros do grupo também participaram de manifestações contra as medidas governamentais que pretendiam evitar a propagação do coronavírus, envolvendo-se em confrontos com forças policiais.  

Ameaças contra políticos

Pessoas que afirmam ser membros da organização também enviaram ameaças de morte em outubro de 2019 aos políticos do Partido Verde Cem Özdemir, atual ministro da Agricultura, e Claudia Roth, atual ministra da Cultura.

Outros grupos alvejados são o Combat 18, associação extremista de direita proibida em 2020, e o grupo extremista de artes marciais Knockout 51, que estaria envolvido em ataques contra militantes de esquerda e promoção de violência contra policiais em protestos contra restrições da pandemia.

md (DPA, ots)