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Saúde da Alemanha defende vacinação mista após AstraZeneca

3 de julho de 2021

Ministro alemão da Saúde quer seguir recomendação de comissão competente, e oferecer vacina BioNTech/Pfizer ou Moderna para a 2ª dose. Esquema cruzado ofereceria maior proteção contra variante delta do coronavírus.

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Professional enche seringa em ampola de vacina AstraZeneca
Casos de trombose lançam luz negativa sobre vacina Oxford-AstraZenecaFoto: Soe Zeya Tun/Reuters

O ministro da Saúde da Alemanha, Jens Spahn, se pronunciou neste sábado (03/07) a favor de adotar no país o esquema de vacinações cruzadas ou mistas contra a covid-19. Assim, quem tomou a primeira dose da AstraZeneca, receberia como segunda a BioNTech/Pfizer ou a Moderna.

É possível reduzir chances de trombose após vacina?

Desse modo, ele segue uma recomendação da Comissão Permanente para Vacinas (Stiko) do país. Durante um encontro do chefe de pasta com os secretários de Saúde dos 16 estados alemães, o diretor da comissão, Thomas Mertens, assegurou que a vacinação cruzada "oferece uma proteção imunizante muitíssimo elevada".

Segundo Spahn, a Alemanha disporia de suficientes doses para levar o esquema adiante. Outra vantagem seria a segunda dose já poder ser aplicada após quatro semanas, proporcionando, de modo relativamente rápido, proteção integral contra a variante delta do novo coronavírus. Já na segunda semana de julho, de 500 mil a 700 mil cidadãos poderiam se beneficiar da medida, independente da idade.

AstraZeneca ainda vista com desconfiança

Esse novo esquema também torna mais atraente o produto da AstraZeneca como opção para a primeira dose. Este é fabricado segundo o método de vetor viral, enquanto os imunizantes da BioNTech e da Moderna são baseados na tecnologia de mRNA (RNA mensageiro).

A vacina desenvolvida pela AstraZeneca em conjunto com a Universidade de Oxford tem sido vista com desconfiança pela opinião pública e por parte da comunidade científica, devido à ocorrência de casos de trombose, em parte fatais, após sua aplicação. A Dinamarca foi o primeiro país europeu a abandoná-la inteiramente.

Caso uma terceira dose se faça necessária no terceiro trimestre, o outono europeu, o país também dispõe de quantidades suficientes de vacinas, enfatizou o ministro da Saúde. De acordo com dados oficiais, 55,1% da população já recebeu uma primeira dose, e 33,7% está completamente imunizado.

av (AFP,Reuters,DPA)