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Venda de cerveja na Alemanha tem queda histórica na pandemia

1 de fevereiro de 2021

Queda de 5,5% em 2020 em comparação com o ano anterior é considerada sem precedentes no pós-guerra. Fechamento de bares e cancelamento de eventos como a Oktoberfest estão entre os principais motivos.

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Cinco mãos de pessoas erguem enormes canecas de cerveja, como em um brinde. Só é possível ver as mãos e as canecas
Cervejarias venderam 508 milhões de litros a menos do que em 2019Foto: Getty Images/P. Guelland

As vendas de cerveja na Alemanha, bebida símbolo do país, caíram 5,5% em 2020 em comparação com o ano anterior, anunciou nesta segunda-feira (01/02) o Departamento Federal de Estatísticas (Destatis) alemão.

Os principais motivos foram as restrições impostas pelo governo para tentar conter a disseminação do coronavírus, como o fechamento de bares e restaurantes e o cancelamento de grandes festivais e eventos, entre eles a Oktoberfest de Munique. Os dados não incluem cervejas sem álcool, bebidas de malte ou cervejas importadas de fora da União Europeia (UE).

No total, cervejarias e distribuidoras com sede na Alemanha venderam 8,7 bilhões de litros no ano passado – 508,2 milhões a menos do que em 2019. Trata-se do valor mais baixo desde a nova versão da Lei do Imposto sobre a Cerveja, de 1993, quando esse tipo de dado passou a ser registrado.

De acordo com a Associação Alemã de Cervejarias, a situação é "dramática e sem precedentes no período pós-guerra".

Embora as vendas de cerveja na Alemanha venham diminuindo nas três últimas décadas – desde 1993 a queda foi de 22,3% –, a baixa no ano passado foi particularmente acentuada.

Ao analisar as vendas mês a mês, fica claro o impacto das medidas de restrição impostas pelo governo para conter a pandemia. Na Alemanha, bares e restaurantes fecharam as portas de meados de março a meados de maio. Depois, voltaram a fechar a partir de novembro.

Consequentemente, as vendas de cerveja caíram 17,3% em abril e 13% em maio. O consumo voltou a aumentar durante os meses de verão no hemisfério norte, quando a pandemia parecia controlada na Alemanha e as restrições foram relaxadas. No entanto, em novembro, quando os casos de coronavírus voltaram a subir e o governo ordenou o fechamento de bares e restaurantes novamente, a queda foi de 14,1%.

Entre as cervejarias, as perdas médias foram de 23%, segundo uma pesquisa da associação do setor. As cervejarias que costumam vender para lojas, que ficaram abertas, resistiram melhor à crise. Mas as que costumam vender para empresas de gastronomia e eventos foram fortemente atingidas, com quedas de até 70% nas vendas – prejuízo que levará anos para ser compensado. 

Do total das vendas, 82,6% foram destinadas ao mercado interno, uma queda de 5,5% em relação a 2019. As exportações de cerveja alemã para outros países da União Europeia também sofreram no ano passado: caíram 13,1%. Já as exportações para países de fora do bloco aumentaram 3,7%.

le/ek (DPA, DW, ots)